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cordeiro de Deus

sábado, 24 de setembro de 2016

Os anjos também participam da adoração do cordeiro imolado na Missa, como eles o adoram no céu

RELIGIÃO E COM O CULTOPDFImprimirE-mail
Da excelência do Sacrifício da Missa, e suas relações com toda a religião e com o culto

Qual é o maior e o mais central culto da Igreja católica?
P. O maior e o mais central culto da Igreja católica é a oblação do corpo e do sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, sob as espécies do pão e do vinho, que constituem o sacrifício da Missa.

Por que a Missa é o maior e o mais central culto da Igreja católica?

R. Porque na Missa, não só imolamos a Deus eterno, vivo e verdadeiro, que a revelação nos fez conhecer e adorar perfeitamente, mas também porque neste sacrifício temos o próprio Deus por sacerdote e por vítima.

Que mais encontramos reunidas no santo sacrifício da Missa?

R. Encontramos reunidas todas as grandezas da pessoa de Jesus Cristo:
·         seu poder como Deus;
·         seu estado de imolação como homem;
·         vivo, para interceder por nós;
·         sob os símbolos da morte para nos aplicar o preço dos seus padecimentos;
·         pontífice santo e sem mancha, mais elevado que os céus;
·         cordeiro imolado, cujo sangue correrá até a consumação dos séculos, para lavar todos os pecados;
·         sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque com um sacerdócio eterno;
·         oblação pura oferecida desde o ocaso até a aurora;
·         pontífice e vítima convenientes à santidade de Deus.

Além das grandezas da pessoa de Cristo, que outros benefícios relativos a Nosso Senhor a Missa nos propicia?
R. A Missa, já tão excelsa por quem a oferece e a quem é oferecida, renova todos os prodígios da vida do Salvador e revive a história solene dos seus mistérios e da sua doutrina, todos os dias.

Como a Missa nos apresenta o mistério da encarnação do Verbo?

R. Através da Fé contemplamos o Filho de Deus no altar, concebido no segredo do santuário pela mesma potestade, como nos esplendores da eternidade, encarnado pela sua fecunda palavra nas mãos do sacerdote, como no seio de Maria.

Que virtudes de Nosso Senhor a Missa nos lembra, seguindo sua vida?

R. A Missa nos renova as seguintes virtudes que acompanharam a vida de Nosso Senhor:
1 - a obediência e as virtudes de sua vida oculta;
2 - a misericórdia e toda a bondade do seu ministério público;

Que méritos a Missa aplica aos fiéis dos últimos acontecimentos da vida de Cristo?
R. A Missa aplica aos fiéis:
1 - o preço do seu sangue derramado na sua paixão e morte;
2 - a glória e a vida nova da sua ressurreição, por meio da oferenda do seu corpo imortal e a benção da sua ascensão.

Que relação há entre a Missa e a ascensão de Nosso Senhor?

R. Assim como Nosso Senhor subiu da Terra aos céus, assim também do altar sublime da Igreja sobe ao altar sublime do céu a oferenda santa, que é o próprio corpo e sangue de Cristo. Do alto dos céus, e na Missa, Nosso Salvador difunde graças, luz (entendimento da verdade) força e santidade em nossas almas.

A Missa nos lembra também o juízo final?

R. Sim, trazendo-nos as primeiras palavras da sentença do último dia pela separação antecipada do fiel e do infiel, apresentando um pão que dá a vida eterna ao justo, e o juízo e condenação ao pecador.

Em resumo, o que nos deixou Cristo na Missa?

R. Aos que o temem, Cristo deixou uma lembrança das suas maravilhas cheia de misericórdia e bondade (Sl 110)

Que contemplamos no santo sacrifício da Missa?

R. Neste santo sacrifício contemplamos, com o sacerdote mais santo e a vítima mais digna, com a renovação de todos os mistérios e a contínua pregação da doutrina de Cristo, o livro mais perfeito da moral evangélica, e a lição mais sublime da santidade necessária a um cristão.

Que vemos na Missa?

R. Na Missa vemos um Deus infinitamente adorável a quem devemos o sacrifício, e formamos do Senhor a idéia mais justa que se possa conceber, pela excelência do dom que a Ele se apresenta.

Há na Missa referências ao Antigo Testamento?

R. Sim. O segredo de quatro mil anos de promessas e de profecias se revela aos nossos olhos; a verdade sucede à sombra, a plenitude dos tempos se desenvolve com a abundância da graça, um manancial puro que, reluzindo da cruz, atinge a vida eterna, dando nascimento e ressurreição, força e alento, saúde e santidade aos cristãos de todas as idades.

Esta fonte de graças vindas da cruz só se aplica ao Novo Testamento?

R. Não. Esta fonte de graças surgida da cruz, como um sol, alcança os primeiros dias do mundo para santificar todos os eleitos, e da cruz ainda estende sua luz e calor até a consumação dos séculos, para salvar todos os filhos de Deus.

Que afirmou Tertuliano sobre a Missa?

R. Tertuliano, um dos padres da Igreja, disse que a Missa, mais que um banquete de religião, é uma escola de todas as virtudes, apresentando aos fiéis o grande exemplo de imolação contínua de um Deus, para incentivá-los em todos os deveres e ampará-los em todos os sacrifícios, ainda com a participação da vítima que neles se incorpora pela comunhão.
Em que culto da Igreja encontramos a união mais íntima com Deus?
R. Na celebração do santo sacrifício da Missa, porque nela encontramos a mesa onde todos podemos comer ( Heb 13) o alimento que é o próprio Deus, e nela há, ainda, a união mais desejada pelos homens entre si, pois todos, sem distinção, podem sentar-se à mesma mesa, como filhos de um mesmo pai.

Haveria algum outro sacrifício equivalente?

R. Não, porque não há outro sacrifício tão sublime como a Missa em que, com Deus, se oferece a um Deus por um sacerdote Deus; em que cada ato da oblação recorda a doutrina de um Deus e a santidade que ela exige, bem como a religião deste Deus em toda a sua extensão com todos os meios de santificação.

Que visão do Antigo Testamento é figura da Missa?

R. A Missa é, na realidade, aquela escada misteriosa que Jacó viu em sonhos (Gen 28, 12), em que uma extremidade tocava a terra e a outra atingia o céu, na qual subiam e desciam os anjos e, principalmente, o Santo de Deus, o Anjo de Deus por excelência, o Mediador Supremo, para levar ao Senhor nossos votos e sacrifícios, e para nos trazer sua graça e sua benção.

Que representa ainda a Missa?

R. A Missa é uma imagem antecipada do céu; nela se adora o mesmo Deus; em seu santuário se reúnem seus filhos: nela vemos o mesmo que é visto no céu, as orações, os cânticos, os perfumes; anjos circundando o altar, santos que o sustentam, toda a Igreja, toda a cidade de Deus oferecida por Jesus Cristo e unindo-se a Deus. Numa palavra, Deus presente ainda que coberto por véus, o mesmo Deus que veremos face a face, Deus convertido em manjar sob a aparência de um pão que já não mais existe, o mesmo que nos confortará eternamente com sua glória pela verdade e felicidade.

Podemos, então, dizer que o santo sacrifício da Missa transforma nossas igrejas em céu?

R. Sim, porque nele o divino cordeiro é imolado e adorado no templo como no-lo apresenta S. João no meio do santuário celestial.

Os anjos também participam da adoração do cordeiro imolado na Missa, como eles o adoram no céu?

R. Sim; os espíritos bem aventurados, sabedores do que se opera em nossos altares, deles se aproximam para assisti-los com o temor inspirado pelo mais profundo respeito.

A Igreja admite a presença dos anjos na Missa?

R. Sim, a Igreja admitiu sempre e tanto esta verdade que S. Crisóstomo não duvidava em dizer: "Que fiel poderá duvidar que, à voz do sacerdote no momento da consagração, o céu se abre e os coros dos anjos descem para assistir ao mistério de Jesus Cristo, e as criaturas celestes e terrestres, visíveis e invisíveis, se reúnem em tão solene instante?".

Então, fazemos nas igrejas, o mesmo que os santos fazem continuamente no céu?

R. Sim, nós adoramos a vítima santa e imolada nas mãos do sacerdote, e todos os santos adoram no céu esta mesma vítima, o Cordeiro sem mancha representado em pé, porém como sacrificado*, em sinal da sua imolação e da sua vida gloriosa.
Agnum stantem quasi occisum (Apoc. 5, 6).

Rezamos na Missa como os santos rezam nos céus?

R. Sim. Todas as orações e todos os méritos dos santos se elevam dos altares das igrejas ao trono de Deus, como um suave e agradável perfume; assim expressou-se S. João no Apocalípse (8, 3-4) ao descrever um anjo, com um turíbulo de ouro na mão e junto ao altar, de onde se elevavam a Deus as orações dos santos.

Por que incensa-se o altar?

R. Incensa-se o altar como um sinal visível das adorações e súplicas a Deus, feitas por todos os santos que estão na terra ou na glória eterna.

Que conclusões deduzimos destas verdades da Missa?

R. Entendendo estas verdades da Missa, podemos concluir que a Missa é:
a - o centro do culto religioso da Igreja, pois reúne tudo o que se relaciona com a religião;
b - o ponto de apoio em que se unem 
a cruz o homem com seus destinos gloriosos;
c - o ponto de partida de onde nos vêm, como da cruz, a graça com todos os meios de salvação.

Que considerações piedosas nos vêm à alma ao passarmos diante de inúmeras igrejas?

R. Ao passarmos diante de majestosas catedrais ou basílicas, ou mesmo diante de simples igrejas e capelas, lembramos que todas elas foram erguidas pela fé católica através dos séculos, para nelas se oferecer o santo sacrifício da Missa. A cruz que as encima é o sinal da imolação que nelas se perpetua, e os altares nelas erigidos são para depositar a vítima sagrada.

Tudo o que vemos nas igrejas se relaciona ao santo sacrifício do altar?

R. Sim, tudo que há nas igrejas se relaciona à Missa. Assim, por exemplo:
1 - a pia batismal e de água benta e os confessionários nos lembram que devemos lavar nossas mãos com os justos ( Sl 20, ...) para entrar no santuário;
2 - a cátedra e o púlpito nos instruem e exortam ao sacrifício;
3 - a mesa da comunhão, que separa o presbitério da nave, onde recebemos a Hóstia Santa;
4 - os tecidos que revestem o altar, os paramentos dos sacerdotes, a luz das velas, o incenso que se eleva, a disposição dos bancos e genuflexórios, tudo fala do sacrifício, tudo é para o sacrifício.

Os Sacramentos também se relacionam com a Missa?

R. Sim e do seguinte modo:
1 - o Batismo: dá o direito de assistir a Missa e de receber a sagrada Hóstia;
2 - a Penitência ou Confissão: repara aquele direito perdido ou debilitado;
3 - a Eucaristia: se realiza e é distribuída na Missa;
4 - o Crisma ou Confirmação: fortifica o fiel para a união misteriosa da comunhão e o fortalece para sua imolação moral e contínua;
5 - a Extrema Unção: durante a celebração da Missa o sacerdote benze o Óleo Santo para os enfermos e para outras unções;
6 - a Ordem: perpetua o sacerdócio;
7 - o Matrimônio: recebe na Missa sua ratificação e benção particular.

Há relação entre os Ofícios Litúrgicos e a Missa?

R. Sim, os três Ofícios se relacionam à Missa. Assim :
1 -  Ofício da Noite: serve de preparação remota para o sacrifício;
2 -  Ofício da Manhã: serve de preparação imediata;
3 -  Ofício da Tarde: serve de conclusão e de ação de graças.

Como podemos resumir a relação entre a Santa Missa e a igreja, local da sua celebração?

R. Assim como na Missa se reúnem as maravilhas e as graças de Deus, assim a igreja reúne na Missa todo o objeto e fruto da sua celebração.

Que prescrição impôs o Concílio de Trento aos sacerdotes quanto ao ensinamento da Missa aos fiéis?

R. O Concílio de Trento, com alta sabedoria, ordenou aos sacerdotes a explicar com frequência os mistérios da Missa e o que nela se lê, para que os fiéis sejam instruídos na verdade dos seus mistérios e no sentido das suas orações e cerimônias, objetivo deste Catecismo.

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